©Jean-Loup Pivin

Pierre Verger (1902-1996) nasceu em Paris. Foi um fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador francês que viveu grande parte da sua vida na cidade de Salvador-BA. Realizou um trabalho fotográfico de grande importância, baseado no cotidiano e nas culturas populares dos cinco continentes. Além disto, produziu uma obra escrita de referência sobre as culturas afro-baiana e diaspóricas, voltando seu olhar de pesquisador para os aspectos religiosos do candomblé e tornando-os seu principal foco de interesse.

Em 1932, Pierre Verger aprendeu um ofício – a fotografia – e descobriu uma paixão – as viagens. De dezembro de 1932 até agosto de 1946, foram quase 14 anos consecutivos de viagens ao redor do mundo, sobrevivendo exclusivamente da fotografia. Verger negociava suas fotos com jornais, agências e centros de pesquisa. Fotografou para empresas e até trocou seus serviços por transporte. Paris, então, tornou-se uma base, um lugar onde revia amigos e fazia contatos para novas viagens. Trabalhou para as melhores publicações da época, mas como nunca almejou a fama, estava sempre de partida. Em 1946, Verger desembarcou na Bahia e foi logo seduzido pela hospitalidade e riqueza cultural que encontrou na cidade.

Seu interesse pela religiosidade de origem africana lhe rendeu uma bolsa para estudar rituais na África, para onde partiu em 1948 e onde se tornou também um pesquisador da cultura africana. Desde então viveu entre o continente africano e o Brasil. Em seus últimos anos de vida, a grande preocupação de Verger passou a ser disponibilizar as suas pesquisas a um número maior de pessoas e garantir a sobrevivência do seu acervo. Em fevereiro de 1996, Verger faleceu, deixando à Fundação Pierre Verger, da qual foi criador, doador, mantenedor e presidente, a tarefa de prosseguir com o seu trabalho.

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